terça-feira, 4 de novembro de 2008

Manhã de sol

Macacada, passada uma semana desde que fui assaltado, ainda há pavor em mim quando ando sozinho por ruas escuras ou quando cruzo com pessoas suspeitas por aí. Tenho que parar com isso, ou pelo menos começar a beber pela manhã, já que a cidade é menos perigosa de dia, como dizem.

Por falar em manhã, há tempos não acordava tão cedo. Há tempos não via um café-da-manhã na mesa. Sem mentira nenhuma, já estou a mais de um mês acordando na hora exata do almoço, isso quando não já o terminaram de servir.

É uma rotina de acordar, almoçar, me banhar, por a roupa e ir ao trabalho, atrasado (meu problema de impontualidade é sério mesmo, preciso de um psicólogo para corrigir isso).

Mas hoje, contrariando a minha matemática, eu acordei antes das 7h. Aos choros agonizantes de minha prima de quase dois anos, é bom dizer. Tinha tudo para estar de mau humor, mas não havia como diante de uma linda manhã de verão. Me fez um bem danado!

Comi um pão-com-ovo-frito e café-com-leite como se fosse a primeira vez. Depois peguei um pouco de sol matinal como a muito tempo não fazia. Que terapia tudo isso! São coisas tão bestas, mas que pra mim estavam tão distantes. Momentos maravilhosos que estão cada vez mais escassos no meu dia a dia doido.

Tive tanto tempo pela frente que fiquei sem saber o que fazer até a hora do trabalho. Que tal pegar aquele livro do Henry Miller? – pensei. Um livro velho de sebo comprado a três reais. Uma boa idéia!

Fui para o quintal. As plantas balançando... que vento bom no rosto! Antes de começar com o livro eu olhei os gatos. Eles ainda dormiam no telhado.

Um comentário:

Juliana Tokarski disse...

Olá, Ramon!

Bom, tmb li seu comentário no blog do Outra Pauta. Sou uma das oficineiras do caderno Outra Pauta.. =) e resolvi passar por aqui e ver o seu trabalho. Que bom que gostou do caderno.. E vc tmb escreve muito bem.. Parabéns!

Abraços!

Juliana!