De início vou comentar o fim. Vamos aos resultados. Um corpo em chamas de tanto sol, mais de 14 km de caminhada com mochila, barraca, colchonete e bugigangas nas costas, litros de bebidas pelo caminho, uma lagoa, um rio, uma praia, dunas e pegue estrada.

A turma foi incompleta, mas repleta de vontade, de caminhar, pelo menos de início, quando optamos por descer na Vila de Punaú, crentes que a paradisíaca praia estava ali, a 4 km. Ledo engano, pra não dizer leso. Então pegue caminhar com todas as bagagens nas costas por um caminho sem fim. Sem fim porque a cada indivíduo que aparecia no caminho a gente perguntava pela praia e as respostas eram as mais desanimadoras possíveis. “Rapaz, Punaú não tem praia não”. Macacada, imagine só você ouvindo isso. É de querer voltar pra casa. Mas tudo bem, fomos andando e juntando as informações até chegar a uma estrada de barro que acreditamos levar definitivamente a praia.

Lagoa do Cutia. Nada de tudo, mas muito de relaxante. Uma lagoa azul muito da boa só esperando por nós. Ainda era manhã, quase dez, o sol ainda estava prestes a nos castigar. Corremos pra água e só saímos quando os dedos estavam prestes a desaparecer de tanto enrugarem. Havia um restaurante de um homem gente finíssima. O cara nos serviu umas cervejinhas massa pra nos refrescar do calor e depois nos serviu um PF de encher o bucho.

Ancoramos o barco e a tripulação catorzeana enfim pode curtir sem preocupações. Barracas prontas, hora de cair no rio. Estávamos em Barra de Punaú, lugar que separa as praias de Pititinga e Zumbi, lugar em que o Rio Punaú deságua no mar depois de banhar uma duna de areias branquíssimas que comporta coqueirais enormes. Tudo muito lindo mesmo.

Anoiteceu. Caminhada de meia hora até a cidadezinha de Zumbi pra jantar. Um energético pra não deixar colar os olhos. Volta-se para o local das barracas, toma-se um banho, tirar o lodo do corpo às vezes é bom. Puxa-se de uma mochila um litro de cana do mal, de outra, um conhaque idem, pra acompanhar, umas tangerinas, chocolate, produtos elma chips e muito papo.

Acorda-se. É muito cedo ainda. Uns caminham novamente até Zumbi pra tomar um cafezinho maroto. Outros preferem dar um tempo às pernas. Mas logo todos se juntam novamente e toma-se um banho de rio. O sol então decide terminar de queimar o que faltava. Novamente, eu sei, existe protetor solar, mas sabe como é, burradas acontecem, não é pra qualquer um.
Hora do almoço. Desarma-se as barracas, arruma-se tudo, zarpa-se a embarcação catorzeana adivinhem pra onde... Zumbi. Então pegue mais caminhada, dessa vez com a companhia de um sol de meio dia. Assamos na grelha legal. Uns pareciam camarão, outros uma picanha bem passada.
Zumbi. Um quiosquinho à beira mar. Muitas cervejas. Uma trilha sonora de batucada inexoravelmente fora de qualquer sintonia, o alegre e divertido batuque de bêbados de praia. Um peixe delicioso no almoço. Mais cervas enquanto o busão não vem. Chegou! É, galera... hora de irmos. No caminho, pouco papo. Apenas lembranças, sonhos. Todo mundo muito cansado. Satisfeito. Porra, amanhã é segunda! É, nem me fale, ter que voltar ao mundo real, a velha rotina de casa-trabalho-universidade-casa. Solo natalense, a festa acabou, sobra-se a nostalgia nos dias de chuva.
P.S: Eu continuo no ritmo de um acampamento todo mês. Já foram três com esse. Cada vez uma galera nova. Uns se juntam, outros dão um tempo. A essa galera de agora eu gostaria de dizer que gostei muito da companhia. Muita diversão e histórias. Um abraço especial à Daguinha e Roberto, pais de Beto que esteve presente ao lado das também catorzeanas Rayanne e Ceci. Completa a trupe, este vagabundo tostado que neste fracassado blog derrama o seu prazer.
Pra quem ainda não conhece, visitem: catorzeblog.wordpress.com
Um comentário:
hehehe
\o
até a proxima!
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